sábado, 26 de novembro de 2011

Série B – Sangue, Suor e Lágrimas

                Você, torcedor que é apaixonado, quer se lembrar do que é futebol? Aqui vai a dica – assista os jogos da série B.
                Em tempos de acontecimentos estranhos, de maracutaias armadas entre gestores de clubes e CBF, em tempos obscuros, onde não há mais nem a preocupação em disfarçar, em maquiar acertos feitos por debaixo dos panos, já nem sabemos mais se os campeonatos são resolvidos dentro das quatro linhas ou dentro das salas dos engravatados.
                Nesse cenário, malas pretas e malas brancas vem e vão, circulam livremente, árbitros são “sorteados” de maneira obscura e vemos até seleção brasileira entrando no vestiário com uma postura e voltando pro segundo tempo com outra  totalmente diferente, em plena Copa do Mundo. Jogadores que ganham salários milionários forçando sua saída do clube pra jogar em outro, que ofereceu salário maior. Vemos homens se comportando como ratos.
                Hoje, assistindo o jogo do Sport contra o Vila Nova, pela última rodada da série B, pude me emocionar com o futebol novamente. E, vendo a festa linda feita pela torcida do Leão, me pus a pensar. Acho que nos dias atuais, a essência do futebol é restrito à série B. Na série B não existem estrelas, existem equipes. Não existem salários milionários, existem jogadores lutando pelas suas carreiras, pelos seus clubes, pela sua torcida.
                Se falta técnica, sobra vontade, hombridade, honra, garra, coração. Não há conflitos de egos, há somente um objetivo em comum. O futebol é o destaque.
                Que festa maravilhosa, emocionante fez a torcida do Sport, que empurrou o time, debaixo de chuva, sofrendo, segurando o desespero enquanto assistia o Vila Nova dificultar aquilo que parecia certo – a subida do Leão à série A do Brasileiro. Um jogo sofrido, um gol chorado, e a torcida foi às lágrimas. Se via em cada rosto o alívio, a alegria, a gratidão. Em campo, quando soou o apito final, jogadores caíram de joelhos, exaustos, guerreiros, campeões.
                Eu, que não sou torcedora do Sport, mas que sou apaixonada pelo futebol, chorei junto.
Parabéns à Portuguesa, ao Náutico, à Ponte Preta e ao Sport. Que sejam bem vindos de volta à série A. Que possam manter seu futebol, sua garra, sua vontade e sua força, para mostrar (aos mal acostumados que na série A estão) o que é futebol.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Últimas forças...

Depois de algumas idas e vindas, de muito tempo em silêncio, eis que, novamente tenho algo a dizer. E sei que isso vai soar como um apelo, mas não me importo. Tudo o que faço tem como objetivo ajudar a Sociedade Esportiva Palmeiras, mesmo que minhas palavras pareçam ridículas ou passionais demais.

O fato, queridos amigos, é que o nosso Palmeiras está doente, como todos nós estamos cansados de saber há tempos. Só que, dessa vez, a situação é tão grave, que tem como resultado a apatia e a inércia. Nós estamos sendo empurrados pra baixo. Sem reagir.

Os jogadores que nos representam em campo, ou que pelo menos deveriam fazê-lo, erraram e erraram muito nas suas decisões. Eles achavam que sabiam o que estavam fazendo, numa queda de braço estúpida contra o treinador. Pois bem, a coisa ficou fora de controle e, agora, desesperados, não conseguem manter a cabeça fria, em condições de desempenhar um futebol, pelo menos, digno.

Todos nós sabemos a história toda, cada um defendendo uma parte - até hoje ainda tem gente que jura que o Kléber, vulgo Judas, é um mártir. Não estou aqui pra dizer quem está errado e quem está certo. Isso, o tempo vai nos dizer. O que não podemos fazer nesse momento é deixar que esses... rapazes... conduzam o objeto do amor de mais de 15 milhões de pessoas à série B do Brasileiro.

Deixemos o julgamento para depois, meus caros. O que precisamos agora é pensar no Palmeiras (já que eles, os jogadores, não pensaram nem por um segundo até a coisa chegar no ponto em que está). Eles agora estão apavorados e sequer conseguem ter autoconfiança (sim, porque se depender da técnica e da habilidade...) para tentar reverter o atual quadro. Nós somos a força desse clube, sempre fomos. Nós empurramos ele pra frente, sempre. Não podemos virar as costas agora. Mesmo sendo eles os culpados, mesmo sendo eles os responsáveis pela atual situação (não podem se eximir colocando a culpa na diretoria ou no treinador - apesar deles, diretoria e treinador, terem também suas cotas de culpa).

Vamos demonstrar o nosso amor pelo Palmeiras! Desejar o pior parece ser a única saída. O tal remédio amargo. Mas, vejamos bem, os únicos punidos nessa história de rebaixamento seriam o Palmeiras e nós torcedores. Diretoria não se importa nem se importará (a menos que a crise seja com o Chelsea). Jogadores saem de fininho, vão jogar em outros clubes. E nós ficamos. Nós nos preocupamos. Nós sofremos.

Então, digo a vocês, o momento é de apoiar esse time. Empurrar esses caras pra frente. É nossa missão e nossa função convencê-los de que são capazes. São capazes não pela técnica, mas por vestirem o Manto Sagrado. Nossa missão agora é salvar o Palmeiras. Os jogadores, julgaremos depois. Reconheço que alguns dos nossos homens se esforçaram e se esforçam. E, eles, terão seu reconhecimento.

Avanti, família. É momento de nos unirmos.